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Mesas repletas de requinte

Trabalhar com diversos tipos de materiais pode ajudar a criar uma sala de jantar aconchegante e muito original (Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Trabalhar com diversos tipos de materiais pode ajudar a criar uma sala de jantar aconchegante e muito original

Alguns detalhes podem ser essenciais na hora de conceber a harmonia e o requinte na composição dos espaços domésticos. Para agregar um encanto a mais na sala ou em algum local da casa, lançar mão de uma simples mesa de apoio ou de outro modelo mais rebuscado que abuse dos pormenores, é um recurso prático e com efeitos estéticos multiplicados. No canto, no centro, para as refeições, trabalho ou estudo, as mesas oferecem diversas possibilidades em estilos, que vão do design clássico, vintage e rústico, ao mais sofisticado e contemporâneo, em cores e miudezas que trazem à combinação total um resultado surpreendente.

Dentro de um mercado rico em possibilidades, é bom estar atento ao comprar uma mesa. "Você deve sempre considerar o conforto de acordo com a função que ela vai exercer no ambiente. Muitas vezes o que é bonito pode ser inviável, por isso, é sempre bom pensar em prioridades", orienta a designer de interiores Ednei Aquino. Ela cita o acrílico como tendência para o móvel, pela leveza e praticidade. "Ele é fácil de transportar pela casa, sua transparência traz um ar moderno à mesa e amplitude ao ambiente, além dessa neutralidade ser boa aliada para resolver várias questões, já que se adapta a muitos estilos de decoração", pontua.

Veja mais fotos de mesas em salas de jantar

Diferente do design antigo, mais pesado daquelas grandes mesas de madeira, as versões atuais destacam, além do acrílico, o vidro e o aço inox, em tampos e bases, ressalta Ednei. "Vidro, acrílico e inox são mais arrojados, lembrando que o primeiro é mais pesado para carregar", diz.

Mudando de atitude, uma tendência alternativa são as mesas com pés em troncos ou raízes retorcidas, que transmitem um ar mais naturalista, mas elas devem ser bem colocadas para não carregar os espaços, portanto são mais indicadas para locais amplos e áreas externas, continua a designer. Pedras e madeiras para bases, lacas coloridas, versões de desenhos diferenciados e orgânicos, que se aproveitam das tonalidades versáteis e marcantes, são outras opções para enriquecer os ambientes em detalhes de um canto. Em mesas de jantar, uma maneira de brincar com a decoração é usar cadeiras diferentes em uma mesma proposta.
(SXC.hu/Banco de Imagens)

 (SXC.hu/Banco de Imagens)
Para as mesas de centro, uma novidade em altura intermediária entre a mesa de jantar e a mesa de centro convencional (de 60 cm), é ideal para conversar, tomar um café, comer um petisco, e fica bem em varandas, livings, conjugadas com sofás e poltronas, enfatiza Ednei Aquino. "Quando a mesa é muito baixa você fica no sofá e tem que se encurvar para buscar o objeto, não é confortável". Em uma mesa de canto, ao lado da cabeceira da cama jogada com uma obra de arte, ou com um espelho por trás fazendo as honras de um criado mudo, misturando ou não as tendências, a dica da designer é sempre pensar no que se quer valorizar dentro da casa.

Segundo a arquiteta Mariana Leite, o que é clássico não sai de moda. "A madeira é um exemplo, assim como o modelo Saarinen oval, típico da década de 50, ou a mesa Barcelona, em vidro e aço inox, que são antigas, mas modernas. A aposta é misturar estilos e chegar a uma proposta atual, portanto, é bom ter orientação para não errar", destaca. Atualmente, quase tudo vale quando o assunto é mesa. "Fibra de vidro, madeira de demolição, alumínio, couro. O que não é muito indicado é o mobiliário antigo, geralmente mais pesado, e também deve-se evitar as pedras na mesa inteira, que carregam o ambiente - elas ficam bem nos tampos, por exemplo. Em apartamentos mais compactos, quanto mais pesados os móveis, menor ficam os espaços", indica. Para escolher a forma e o tamanho da mesa (mais redonda, quadrada ou retangular), é bom considerar o formato do próprio espaço e escolher aquele que tenha a proporção mais adequada, completa Mariana.

HARMONIA


Para a arquiteta da Lider Interiores, Raquel Nogueira, "as mesas de canto e de centro são peças importantes na composição das salas de estar", como apoio para os objetos. "Como não são destaques na decoração, a tendência é serem mais baixas, e não devem prejudicar a composição geral do espaço. Portanto, devem ser mais leves. Para os modelos de centro, principalmente com os apartamentos pequenos, é ideal que a largura seja mais estreita, a fim de melhorar a circulação", afirma. Ela cita as formas poligonais como forte tendência que vem de Milão, em formatos assimétricos para peças de canto e centro. O mármore, o granito e outras pedras são outra aposta que apareceu por lá há cerca de três anos e, Raquel acredita, deve chegar ao Brasil também para as mesas de jantar.

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Conforto para as refeições


Prateleiras retráteis em mesas de centro e canto, que não são exatamente gavetas, se mostram opções flexíveis para guardar objetos, continua a arquiteta. "Para complementar a decoração, em mesas de canto e centro é indicada a composição com as lacas coloridas e, em mesas de jantar, acabamentos mais discretos em laca preta ou branca, por exemplo". A linha de produtos da Lider mistura inox, vidro (laqueados e espelhados), madeira, cristais, em mesas que brincam com os estilos de época para garantir um luxo extra.

Na Dominox, a coleção de mesas compreende diversos modelos, que vão do clássico, ao rústico, mais contemporâneo, ou de design próprio, conta a proprietária, Vivian Scarano. De acordo com ela, em espaços integrados e cada vez menores, as mesas de canto para suportes variados estão em alta, substituindo as de centro, com funções de encaixe, regulagem de altura, entre outros itens. Outra linha vem em mesas desmontáveis, que abrem e fecham, multiuso, e materiais tecnológicos como vidros que não mancham, em móveis para a sala de jantar. "Você tem aquela mesa para as refeições, mas que também pode ser adaptada para o trabalho ou estudo. Outra coisa que chega como modismo são as referências ao passado, que tiram a impessoalidade dos móveis muito modernos", continua Vivian.

Dentro dessa proposta, a mesa Antoniette, em ferro cortado a laser folheado em tons de madeira, pés finos e design retrô com um toque francês, é uma opção que a Dominox oferece, fazendo alusão a outro produto já consagrado. Outro destaque é a mesa lateral Xis, em acrílico, com pés e bojos desmontáveis que se encaixam e trazem a versatilidade da peça poder ser levada para qualquer local, seguindo preceitos como portabilidade e reciclagem. "Essa mesa ganhou o prêmio IF de design, em Hannover, na Alemanha, e estará no próximo salão de Milão ao lado de uma poltrona de espuma injetável", comemora Vivian.

Contra espaços pequenos, abuse de armários e espelhos

Uso de espelhos é indicado para ampliar espaços
Uso de espelhos é indicado para ampliar espaços

Com os altos custos dos imóveis no Distrito Federal, a tendência do mercado é oferecer apartamentos cada vez menores. Isso acentua o problema da falta de espaço. Como colocar cada móvel no devido lugar? É essencial que objetos não aparentem estar empilhados, compondo uma completa bagunça.

O arquiteto e designer Glaucio Gonçalves, fundador do Espaço Brasileiro de Arquitetura (EB-A), dá algumas alternativas para aproveitar cada canto da casa. O especialista garante que, em primeiro lugar, é essencial levar em consideração todos os hábitos e necessidades de quem mora no local. O intuito é organizar o ambiente para que coincida com a personalidade do morador.


Assim, é necessário que se faça um levantamento do mobiliário existente. Se algum móvel não estiver mais de acordo com o espaço, a ideia é reaproveitar, dando a ele novo uso ou aparência. Se for adquirir novas peças, opte por aquelas que tornem os ambientes funcionais e práticos. É importante para que o dia a dia fique o mais organizado possível.

"Integre a cozinha à sala e à área de serviço. Assim, consegue-se uma maior amplitude e iluminação", sugere Glaucio Gonçalves. Ele ainda destaca a importância do uso de luz adequada para que, com claridade, o ambiente pareça maior e mais aconchegante. Para separar os cômodos da casa de forma sutil, o uso de cortinas em voal é indicado.

A arquiteta Maria do Carmo Araujorge ensina que uma grande alternativa é ter a maior quantidade de armários possíveis, para que os objetos mantenham-se organizados. "Utilizar espaços como embaixo das camas também é uma boa opção".

 (Divulgação/Ideia Glass)
Espelhos também são aliados para gerar uma impressão de profundidade. "O uso é a melhor alternativa para fornecer a sensação de espaços maiores, já que brinca com os nossos sentidos", afirma. De acordo com a arquiteta, utilizar objetos e móveis com múltiplas funções é interessante. "Colocar a televisão em um móvel giratório, que possa atender a dois cômodos, como o quarto e a sala, é uma ideia que economiza espaços", acrescenta.

Banho espaçoso

O Box Flex, da marca Ideia Glass, garante flexibilidade para pequenos ambientes. Composto de dois vidros, dobradiças e trilho deslizante na parte inferior, o espaço de abertura da porta é reduzido. O Boxflex pode ser usado para pequenos vãos, a partir de 60cm, sendo ideal para ambientes reduzidos.

Linhas curvilíneas na arquitetura e decoração transmitem agradável sensação de aconchego


05/04/2011 - "Não é o ângulo reto que me atrai/ Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo o homem/O que me atrai é a curva livre e sensual/A curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios/Nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida/De curvas é feito todo o universo,/O universo curvo de Einstein". As palavras do mestre Oscar Niemeyer definem com graça a variedade, o contraste, a opulência e a plenitude das linhas curvilíneas na arquitetura. Também presentes no design de interiores, seja em propostas contemporâneas, rústicas ou clássicas, as curvas transmitem sensação agradável de aconchego, intimidade e, usadas nos móveis e objetos, constumam reunir as pessoas.

As curvas e as linhas sinuosas estão muito além da arquitetura, e nos rodeiam em todas as formas da natureza, afirma o arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris. "Meu trabalho é trazer para dentro dos projetos arquitetônicos estas formas harmonicamente dispostas e as cores que são tão agradáveis aos nossos olhos", diz. Para ele, as curvas dão leveza e movimento às fachadas, aos móveis, nos remetem ao campo e a montanha, como em desenhos nos muros e aos lagos e lagoas, quando aplicadas em uma piscina com cascata.

"O objetivo principal é trazer conforto e aconchego as pessoas que estiverem nos ambientes. Além disso, as curvas e formas orgânicas conferem aos espaços beleza e harmonia. Como elas nos remetem às formas da natureza, a atmosfera criada em ambientes onde usamos este recurso é de bem-estar. Em alguns casos, quando desejamos marcar ainda mais a referência da natureza dentro de nossos projetos, desenhamos espaços que fazem uma referência explícita ao tema", continua Aquiles. Ele cita como exemplo um projeto corporativo em que foi executado o desenho de um céu no teto do escritório, com o gesso colocado plasticamente representando a nuvem, imprimindo ao ambiente uma sensação agradável de trabalho ao ar livre.

Além de poder ser estrutural, a curva também pode vir no mobiliário, como em bancadas de trabalho, armários, estantes, guarda-corpo de escadas, nichos e até duchas de piscina, com design exclusivo, cita o arquiteto. "Além disso, trabalhamos as formas orgânicas e as linhas sinuosas no gesso dos tetos e pisos, conferindo movimento e beleza ao ambiente. Também usamos este movimento em vitrais de decoração e clara-bóias".


De acordo com Aquiles, a linha reta foi criada pelo homem. É estática, não passa movimento nas formas.Nos interiores, móveis com linhas retas e cantos vivos podem oferecer perigos no que tange à acessibilidade e à circulação de idosos e crianças. Já a curva é infinita. Em fachadas traz movimento e ao mesmo tempo uma sensualidade que deixa a edificação mais agradável, afirma o arquiteto. Móveis com cantos arredondados e orgânicos favorecem melhor a acessibilidade e segurança, em total contraponto à linha reta. "Claro que uma edificação não pode ser toda curva. Mas as linhas sinuosas dispostas harmonicamente são, na minha opinião, muitas mais belas que as linhas retas. Não consigo imaginar por exemplo, a orla de Copacabana toda reta, nem mesmo o Pão de Açúcar quadrado. Na verdade, posso dizer que, a natureza é a grande inspiração de meu trabalho", diz.

Para a arquiteta Estela Netto, o projeto deve atender aos anseios, objetivos e expectativas do cliente e do arquiteto. De acordo com ela, é neste contexto que se estabelece uma proposta arquitetônica que abrace uma linha mais leve, fluida e orgânica, através da curva, ou uma linha mais direta, objetiva e impactante, através da reta. "O uso das curvas contribui na fluidez e harmonia das edificações e esses sentidos se estendem para os ambientes internos. Internamente, a curva ainda nos remete ao acolhimento e nos dá a sensação de ser mais convidativa".

São muitos os exemplos da presença da curva no mobiliário, cita Estela. Na década de 1920, Ludwig Mies van der Rohe utilizou as curvas nos pés em seu modelo mais famoso, a poltrona Barcelona, de 1929. As cadeiras, bancos e banquetas de Michael Thonet do século XIX, feitas de madeira vergadas, e na contemporaneidade, Philippe Starck, Karim Rashid e também o brasileiro Sergio Rodriguez, usam e abusam das curvas. A arquiteta lembra ainda de Arne Jacobsen, com suas poltronas Swan (1958) e Egg (1958), além da cadeira Ant (1952); Verner Panton com a cadeira que herdou o seu sobrenome, Panton (1959-60); e também Eero Saarinen com seu conjunto de mesas e cadeiras Tulip de 1955-56. Essas peças são largamente utilizadas em projeto de interiores contemporâneos. "O uso de linhas retas conferem às edificações , na maioria dos casos, uma leitura mais simplificada, um maior pragmatismo e objetividade nas formas. Já a curva traz sensualidade, leveza, e organicidade. Podermos pensar na igreja da Pampulha, de Niemeyer, e perceber como a curva, apresentada através da estrutura em 'casca' confere acolhimento e aconchego ao usuário do espaço", ilustra Estela.

Flexível
Um lançamento no setor da contrução a seco (drywall) traz as formas curvas para dentro de casa com praticidade. Mais econômica, a Flexboard, da Knauf do Brasil, tem como vantagem a versatilidade na manutenção e mudança no layout, sendo ideal para instalação de paredes, tetos, revestimentos em curvas, de colunas, abóbadas e elementos decorativos em S, podendo ainda ser usado como mobiliário ou, dependendo da criatividade do arquiteto, como detalhes decorativos, recortes e formas diferenciadas em superfícies curvas.

Como explica a arquiteta da empresa Clarice Borring, por ter uma espessura de 6,5mm, mais fina que as chapas de gesso convencionais, a Flexboard proporciona raios de curvaturas menores (de até 30 cm), se adequando a várias necessidades de projeto, seja de paredes até sancas com iluminações indiretas. "Como um entreponto de sutileza, as curvas chegam para dar suavidade ao encontro de planos distintos. Nas fachadas, criam uma atmosfera de leveza, nos ambientes internos formam ambientes acolhedores. Em contraposição às linhas retas, trazem volumetria, suavidade e elegância", completa Clarice.

Pisos de madeira são os preferidos para decorar ambientes



Sinônimo de conforto e aconchego, o piso de madeira também conquista a preferência das pessoas por ser um material que pode ser rejuvenescido. Mas, para que o piso fique sempre bonito, é necessário ficar atento à hora certa de dar alguns retoques. Quando a revitalização do piso de madeira deve ser feita? Todo piso de madeira antigo pode ser reparado? O que fazer quando o piso for atacado por cupins? As dúvidas são muitas. A designer Iara Santos adianta que o piso deve ser revitalizado quando ainda estiver em bom estado, apresentando poucos problemas decorrentes do tempo de uso.

As arquitetas Patrícia Guerra e Roziane Faleiro, da Faleiro Guerra Arquitetura, dão as dicas para manter os pisos de madeira sempre bonitos: “Com o passar do tempo é comum os pisos apresentarem problemas como perda do brilho, arranhões, trincas ou descolamento de rejunte”, explicam. Segundo as profissionais, para restaurar o piso é necessário substituir as peças sem condição de uso, eliminar a superfície danificada por abrasão, retirar e reaplicar as massas que preenchem as frestas e aplicar resina para assegurar a proteção.


“Não importa se o revestimento é assoalho, taco, parquê, bambu e outros. É essencial utilizar o produto correto para ter um bom resultado”, alerta Patrícia. A arquiteta destaca alguns cuidados básicos para a hora dos retoques: retirar todos os móveis do ambiente e proteger as paredes para não sujá-las. Depois de lixar o piso é necessário varrer, passar aspirador de pó, a seladora e o verniz. Geralmente, recomenda-se entrar no ambiente 48 horas após o tratamento.

“Os pisos de madeira maciça possuem uma peculiaridade - podem ser revitalizados até três vezes. A manutenção tem que ser frequente, com vassoura de pelo e pano macio levemente umedecido”, ensina Roziane. É importante nunca utilizar solventes orgânicos, o contato com água também deve ser evitado para não danificar o acabamento. “Outra dica é colocar feltro nos pés dos móveis para evitar riscos”, acrescenta. Mas, se o problema é a infestação de cupins, “é melhor se aconselhar com um profissional”, garantem as arquitetas. Iara Santos ainda lembra uma tentativa válida: “Nesse caso, deve-se fazer a revitalização aplicando o sinteco”. De qualquer forma, a prevenção é imprescindível. Pisos novos devem ser protegidos com imunizantes, adquiridos nas lojas.

Fonte: Mão Dupla Comunicação

Pinturas especiais

Técnica para decorar paredes encanta consumidor que gosta de ambientes diferenciados 


O emprego de técnicas de pintura para valorizar os ambientes fascina muitas pessoas. Entre elas, as mais conhecidas são a pátina, o decapê e o stucco, responsáveis por grandes efeitos nas paredes. No entanto, é preciso cuidado ao escolher onde e como empregá-las, e na hora de compor o ambiente com os móveis.

O primeiro passo para quem quer decorar a casa utilizando um desses recursos é escolher uma textura que seja atemporal, original e executada por um profissional capacitado, como aconselha a arquiteta Alessandra Contigli. “Muitas dessas técnicas se tornaram moda e qualquer pessoa que fizesse um curso de um dia de duração se sentia apta a fazê-la”, adverte.




 Antes de tudo, de acordo com a arquiteta Patrícia Salomão, é muito importante conciliar criatividade, harmonia, requinte, praticidade e sintonia dos espaços, “para que as técnicas a serem usadas sejam exploradas para a valorização do ambiente”, diz.

O segundo aspecto a ser observado é onde as pinturas especiais podem ser empregadas. Alessandra recomenda o uso do stucco em ambientes internos, como as áreas sociais, lavabos e varandas de apartamentos. “Já o decapê e a pátina são dirigidos para mobiliário e peças de madeira.”

Para acertar na conjugação dessas técnicas com os demais itens de um ambiente (sala, quarto, cozinha, banheiro) de forma harmônica, o ideal é usá-las de maneira homogênea, como sugere Patrícia Salomão, “evitando usar mais de uma técnica em um mesmo ambiente, para que ele não fique pesado e carregado”.

De acordo com a arquiteta, em ambientes como a sala e o quarto, onde normalmente as técnicas são muito utilizadas, é melhor evitar o emprego de cores muito fortes, que possam chamar mais atenção do que o restante do ambiente. “No banheiro e na cozinha, é preciso evitar usar essas técnicas em áreas que têm contato direto com água”, completa a arquiteta.

Para Alessandra, o importante é escolher tons sóbrios, que sejam condizentes com os demais materiais que compõem a arquitetura do local, “permitindo, assim, futuramente, total liberdade no momento de definir a decoração propriamente dita”.

Além desses cuidados, Alessandra diz que é preciso sempre conferir com o fornecedor se aquele tipo de pintura é adequado ao ambiente em que será empregado. “Interno ou externo, úmido ou seco, recebe muita insolação ou não”, pontua a arquiteta.

Por isso, ela recomenda seguir as orientações de um profissional de arquitetura ou decoração, “e escolher uma técnica que não seja moda e, sim, algo que vise sempre à praticidade, beleza e, principalmente, à valorização do projeto arquitetônico”, comenta Alessandra. 

HARMONIA

Patrícia Salomão diz que o primeiro critério a ser levado em conta na hora de escolher a técnica que irá empregar é optar por aquela que vai deixar o ambiente harmonioso, leve e agradável. “Segundo, atentar para as cores que serão utilizadas, prestando bem atenção na textura que irá ficar no final, para não ter um efeito muito agressivo e nem leve demais.”

Para a arquiteta Patrícia Abreu, técnicas como pátina, decapê e stucco caem bem em ambientes mais clássicos. Entretanto, ela observa que hoje há uma infinidade de pinturas que podem ser utilizadas em ambientes contemporâneos. “Atualmente são muito empregadas técnicas que imitam papéis de parede, tecido, metal, entre outras. O critério de escolha vai depender do projeto como um todo.”

Justamente por isso é preciso cuidado redobrado com os excessos, ainda mais com as facilidades disponíveis no mercado. “Hoje, muitos fabricantes de tintas já fornecem os kits prontos para a execução das técnicas. É preciso evitar muitas paredes com a mesma técnica, mais de uma delas em um mesmo ambiente, cores muito fortes e excesso de elementos”, aconselha Patrícia Abreu.

Mesa bem decorada faz diferença na hora de receber convidados

Mesa composta pelo arquiteto e decorador Nardim Junior para casamento (Arquivo Pessoal)
Ser anfitrião não é uma tarefa fácil. Na hora de abrir as portas de casa, é preciso se organizar, planejar e pensar nos mínimos detalhes. O esforço é necessário para que todos saiam satisfeitos com a recepção. O arquiteto e decorador Nardim Junior disse que o primeiro conselho a ser dado é: cada objeto tem que estar de acordo com os outros segundo três quesitos: qualidade, estilo e cor. “Primeiramente, porcelana chique não combina com copo grotesco. Os materiais devem ter o mesmo tipo de qualidade para compor bem uma mesa”. O especialista destacou que a combinação das cores dos artefatos deve variar de acordo com o caráter e estilo da decoração - tradicional ou moderno. “Em uma mesa clássica, é indicado que todos os objetos possuam colorações iguais ou tonalidades de uma mesma cor”, explica. “Já na composição de uma mesa moderna, é possível brincar com os tons dos artefatos. Você pode ousar colocando copos com cores diferentes das porcelanas. Uma ideia mais inusitada ainda seria compor cada copo com uma cor distinta, desde que sejam do mesmo modelo”, acrescenta o decorador.

Segundo Nardim, os enfeites de centro são acessórios indispensáveis, desde que não bloqueiem a visão dos convidados sentados à mesa. “Os arranjos de flores devem ser sempre baixos, para que não atrapalhem a visibilidade das pessoas durante o jantar. Seria bacana se as cores dos enfeites combinassem com as tonalidades da estampa das porcelanas”, destaca o arquiteto. Nardim Junior disse que as velas, opções decorativas recorrentes, também são muito bem-vindas. “Velas sempre proporcionam ambientes intimistas, agradáveis e aconchegantes”, aposta o especialista. Quanto às toalhas de mesa, para Nardim, elas são grandes motivos de erro na hora de decorar. “As toalhas são um detalhe importante. É necessário que elas sejam sempre neutras. Pratos detalhados com toalha colorida não combinam entre si”. E mais, de acordo com o decorador, se a mesa for bonita, o uso de jogos americanos é indicado para não escondê-la.

Para Nardim Junior, o ‘brega’ na decoração é a falta de bom-senso e bom gosto no sentido da harmonização da mesa. “Ser elegante é prezar pela harmonia de uma decoração. Se uma pessoa souber harmonizar os materiais e as cores, dá pra fazer uma mesa bonita, com um gosto bacana”, indica o especialista. O decorador acredita que uma mesa, para ser elegante não necessita ser necessariamente luxuosa e cara. “Louças de luxo são aquelas importadas, caríssimas. No Brasil, podem ser encontradas inúmeras porcelanas elegantes e de fabricação nacional”, completa. O arquiteto indicou o livro da arquiteta e jornalista Olga Krell, ‘Receber em Casa’. A obra responde dúvidas sobre etiqueta e dá dicas sobre como abrir a casa para os convidados.


Mesa bem decorada faz diferença na hora de receber convidados Especialista e anfitriã dão dicas de etiqueta de como montar mesas para ocasiões especiais. O lema é receber e servir bem os convidados em casa

Mesa composta pelo arquiteto e decorador Nardim Junior para casamento

Ser anfitrião não é uma tarefa fácil. Na hora de abrir as portas de casa, é preciso se organizar, planejar e pensar nos mínimos detalhes. O esforço é necessário para que todos saiam satisfeitos com a recepção. O arquiteto e decorador Nardim Junior disse que o primeiro conselho a ser dado é: cada objeto tem que estar de acordo com os outros segundo três quesitos: qualidade, estilo e cor. “Primeiramente, porcelana chique não combina com copo grotesco. Os materiais devem ter o mesmo tipo de qualidade para compor bem uma mesa”. O especialista destacou que a combinação das cores dos artefatos deve variar de acordo com o caráter e estilo da decoração - tradicional ou moderno. “Em uma mesa clássica, é indicado que todos os objetos possuam colorações iguais ou tonalidades de uma mesma cor”, explica. “Já na composição de uma mesa moderna, é possível brincar com os tons dos artefatos. Você pode ousar colocando copos com cores diferentes das porcelanas. Uma ideia mais inusitada ainda seria compor cada copo com uma cor distinta, desde que sejam do mesmo modelo”, acrescenta o decorador.

Segundo Nardim, os enfeites de centro são acessórios indispensáveis, desde que não bloqueiem a visão dos convidados sentados à mesa. “Os arranjos de flores devem ser sempre baixos, para que não atrapalhem a visibilidade das pessoas durante o jantar. Seria bacana se as cores dos enfeites combinassem com as tonalidades da estampa das porcelanas”, destaca o arquiteto. Nardim Junior disse que as velas, opções decorativas recorrentes, também são muito bem-vindas. “Velas sempre proporcionam ambientes intimistas, agradáveis e aconchegantes”, aposta o especialista. Quanto às toalhas de mesa, para Nardim, elas são grandes motivos de erro na hora de decorar. “As toalhas são um detalhe importante. É necessário que elas sejam sempre neutras. Pratos detalhados com toalha colorida não combinam entre si”. E mais, de acordo com o decorador, se a mesa for bonita, o uso de jogos americanos é indicado para não escondê-la.

Para Nardim Junior, o ‘brega’ na decoração é a falta de bom-senso e bom gosto no sentido da harmonização da mesa. “Ser elegante é prezar pela harmonia de uma decoração. Se uma pessoa souber harmonizar os materiais e as cores, dá pra fazer uma mesa bonita, com um gosto bacana”, indica o especialista. O decorador acredita que uma mesa, para ser elegante não necessita ser necessariamente luxuosa e cara. “Louças de luxo são aquelas importadas, caríssimas. No Brasil, podem ser encontradas inúmeras porcelanas elegantes e de fabricação nacional”, completa. O arquiteto indicou o livro da arquiteta e jornalista Olga Krell, ‘Receber em Casa’. A obra responde dúvidas sobre etiqueta e dá dicas sobre como abrir a casa para os convidados.

Mesa feita por anfitriã Ana Luiza Favato em recepção aos amigos em casa (Arquivo Pessoal)
Mesa feita por anfitriã Ana Luiza Favato em recepção aos amigos em casa


A psicóloga Ana Luiza Favato adora fazer o papel de anfitriã. O último jantar oferecido por Ana aconteceu no início deste ano para comemorar o reencontro de 30 amigos após uma viagem de navio. A psicóloga já tinha um faqueiro de prata, encomendou uma paella (prato típico da gastronomia espanhola) e contratou um garçom. Para não correr o risco de errar na decoração das mesas, Ana Luiza apostou no básico. Compôs mesas de oito lugares que variavam sob duas cores diferentes: preto e branco. A anfitriã usou suplás de madre pérola, em vez de toalhas, pratos brancos e taças pretas. Na decoração de centro, apostou em orquídeas brancas e velas.

A psicóloga conta que, como adora receber, gosta, também, de manter os utensílios de casa organizados, o que facilita na hora de planejar. Aos poucos, Ana foi aprendendo como decorar melhor a casa para receber convidados. Com mais experiência, ela dá uma dica importante para quem é iniciante na prática: comprar coisas de boa qualidade. “É melhor ter poucos objetos, mas com qualidade, do que ter um monte de coisa baratinha que não dura muito. Quando temos coisas bacanas, que conversam bem entre si é muito mais fácil”, aconselha a anfitriã.

Verde dentro de casa

Cultivar plantas em vasos é uma opção para quem não dispõe de grande área, mas quer ter a natureza por perto.
Cultivar espécies em pequenos recipientes é a solução para quem não dispõe de um pedaço de terra, mas gosta de ter o verde sempre por perto. O segredo para ter plantas bonitas e saudáveis em casa é dar a elas condições próximas as de seu habitat de origem. Ou seja, pensar na composição da terra, na incidência de luz, na água e na nutrição. Algumas regras simples que nasceram da observação e da sensibilidade dos apaixonados por jardinagem fazem toda diferença para o plantio e, convivendo de perto com os exemplares preferidos, o morador também pode descobrir como tratá-los da melhor maneira possível.

Para garantir o vigor das plantas, o primeiro passo é a escolha de espécies que suportam o ambiente interior, já que as condições internas são, em grande parte, adversas a uma enorme quantidade de vegetais, explica o paisagista e ambientalista Caio Zoza. Portanto, deve-se escolher a espécie de acordo com a luminosidade do local onde o vaso irá ser colocado, sendo também muito importante verificar as correntes de ar que incidem sobre ele, o que também é um grande empecilho à sobrevivência de uma enormidade de tipos de plantas, continua.

Em relação à incidência de luz, Caio Zoza julga ser o fator mais elementar. “Para que as plantas sobrevivam é necessário produzirem fotossíntese, ou seja, a luz é fundamental. Algumas espécies exigem maior quantidade de luz para sobreviver. Logo, deve-se observar se o local tem luminosidade suficiente. Paisagistas mais preparados possuem um instrumento chamado luxômetro que mede a quantidade de luz do local, e se é suficiente a determinada espécie vegetal. Existem também lâmpadas especiais que reproduzem a luz natural necessária para que a planta produza fotossíntese e consequentemente sobreviva naquele determinado local”, dá a dica.

E como saber qual é a quantidade de água de que cada espécie precisa? Um caminho é reparar o desenvolvimento das plantas para descobrir suas necessidades. “Grande parte dos exemplares morre por excesso de água e não por falta dela. É preferível regar frequentemente, mas sem exageros. Terra encharcada propicia o aparecimento de fungos e pragas e provoca o apodrecimento das raízes”, afirma o paisagista João Jadão. Caio Zoza acrescenta que o problema da rega é muito relativo, já que algumas plantas possuem exigências maiores que outras. “A temperatura do ambiente também acelera ou diminui a evapotranspiração das espécies vegetais em ambientes internos. Aconselho sempre aos leigos usar o dedômetro (brincadeira que faço da utilização do dedo para verificar a umidade do substrato). Se ao colocar o dedo no substrato ele estiver com baixa umidade, está na hora de regar o vaso. Assim a regularidade de rega se torna mais fácil, não sendo prejudicial às raízes. É importante salientar que o excesso de regas também é ruim para as plantas, principalmente às que se encontram sem exposição ao sol”.

Algumas espécies, como a avenca, necessitam ainda de umidade no ar. Para criar essa condição, um recurso é pulverizar água ao redor da planta todos os dias, mas sem molhar a terra. “Isso cria um microclima apropriado”, diz João Jadão. Outra sugestão do paisagista é tentar reproduzir uma mata, agrupando vários vasos no mesmo local. Juntas, as plantas transpiram e liberam maior quantidade de vapor d'água. Quanto aos materiais e modelos de vasos, o mercado dispõe de uma enorme variedade, passando pela cerâmica, barro, concreto, plástico com acabamentos requintados, fibra de vidro, entre outros. Recipientes de barro ou cerâmica imitam melhor o solo e permitem que as raízes respirem mais facilmente. “Aconselho sempre seguir o estilo da decoração do ambiente. Numa decoração ultramoderna não cabe um vaso em estilo gregoriano. Um paisagista aliado a um decorador definirá o melhor estilo a compor aquele ambiente e que melhor se alia à planta escolhida. Os cachepôs de vidro estão em alta e se adaptam a diversos estilos de decoração”, ilustra Caio Zoza.

O paisagista e ambientalista explica ainda que o preparo da terra é algo que mudou nos últimos anos. Existem substratos especiais prontos para vasos e jardineiras. São compostos em sua maioria orgânicos aliados a substâncias inertes (como a Vermiculita) que têm a capacidade de reter água e a liberar gradativamente. São mais eficientes e de melhor aeração para as raízes das plantas, além de ter sua composição balanceada em termos de elementos químicos importantes, continua Caio. Ele afirma que, para montar um vaso novo, é essencial que se tenha uma boa drenagem. “Coloque cacos de isopor no fundo e os cubra com um pedaço de manta geotêxtil (tipo Bidim). Esta manta impedirá a saída do substrato e o entupimento dos furos de drenagem do vaso, além de filtrar a água da rega. Coloque um pouco de areia sobre a manta geotêxtil e em seguida despeje o substrato até parte do vaso. Molhe - é importante molhar antes de colocar a planta para que o substrato acomode-se e você tenha a noção exata da quantidade colocada. Meça o torrão da planta a ser colocada e complete ou retire o excesso de substrato. Coloque a planta e complete o restante do vaso com o substrato. Molhe novamente e veja se há necessidade de completar ainda mais. Seu vaso novo está pronto. Agora faça o acabamento que mais lhe aprouver (casca de pinus, argila expandida, granitina, seixo rolado, vidro moído, pó de mármore, musgo, etc). Além de trazer vida ao ambiente, as plantas conferem frescor ao mesmo através da sua transpiração. Por retirar gás carbônico e emitir oxigênio, purificam o ambiente”.

Algumas espécies são mais adequadas para o interior e outras para espaços externos. Para o interior, os paisagistas sugerem palmeiras como a Raphis e Chamaedora, ornamentais como o Anthurio e o Espatifílus, árvores como a da Felicidade, o Fícus e a Yuca, além de algumas espécies de bromélias. “Dependendo da luminosidade, como em varandas, vale à pena ter um Bambu mossô ou uma frutífera como Pitanga, Grumixama ou Jabuticaba híbrida. Um paisagista profissional indicará a espécie mais adequada ao ambiente e principalmente ao tamanho e modelo de vaso”, afirma Caio Zoza.

RECIPIENTES

O vaso exigirá manutenção a cada dois anos ou antes, dependendo da espécie. É necessário de tempos em tempos podar as raízes que já se enovelaram e não conseguem mais respirar. A planta normalmente “dirá” quando efetuar a manutenção. As folhas começarão a amarelar e cair, incidirá um maior número de pragas como pulgões e cochonilhas, os galhos ficarão com menos resistência, e tendem a tombar. “Está na hora de retirar a planta do vaso, podar parte das raízes e trocar o substrato. Aproveite para podar a parte aérea da planta para que haja maior brotação, ficando a mesma mais viçosa”, indica Zoza.

Uma adubação foliar constante evitará em muito o ataque de pragas, continua. “Verifique sempre se a luminosidade ainda permanece a ideal e refaça os vasos de tempos em tempos evitando assim o ataque de pragas. Mesmo assim se elas acontecerem, existem hoje no mercado inseticidas orgânicos que ajudarão em muito no combate. E cuidado com as regas em excesso, que levam à podridão das raízes”.

As plantas em vasos ficarão naturalmente limitadas em seu crescimento. Mas é importante um container ou vaso de acordo com o tamanho da planta a ser colocada, para que ela possa se alimentar dos nutrientes dispensados no substrato ou fornecidos através de adubações suplementares. Assim, vasos menores são adequados a plantas que tem pouca raiz e cujo crescimento final já foi o desejado. “Como exemplos temos Bromélias, Anthurios, Espatifílus, Palmeira Raphis, Suculentas e Cactos, Plantas pendentes como Samambaias, Asparagus, Columéias, etc. Já os vasos maiores são adequados a plantas de maior porte e ainda em fase de crescimento e/ou com raízes vigorosas. Nestes vasos são ideais o Bambu mossô, a Yuca, a Pata de elefante, o Fícus. O formato da planta também indicará se ficam bem em vasos maiores ou menores”, completa Caio Zoza. 

Papel de parede 3D combina originalidade e beleza

Quando o assunto é criar ambientes diferenciados dentro de casa, nada melhor do que o velho e bom papel de parede. Como se trata de um recurso tradicional e conhecido há muito tempo, a sensação que se tem é que ele não é inovador, mas não é bem assim: uma nova linha de papéis de parede em 3D está aí para confirmar que o revestimento pode sim surpreender.

Em forma de ladrilhos, o papel tem desenhos que parecem mesmo sair da parede. Ondas, quadrados e outros desenhos ficam pedindo um toque com as mãos e deixam qualquer um encantado por sua combinação de originalidade e beleza. O revestimento também se revela ecológico, uma vez que pode ser feito de papel reciclado e tem qualidades acústicas, ideais para home theaters, salas de jogos e música.

Veja abaixo alguns exemplos de papel de parede 3D:


Decoração árabe

O mundo oriental e a sua forma de viver doce e calorosa, influencia o universo da decoração. Podemos encontrar cafés orientais por todas as partes das grandes cidades e os cidadãos. Tu também podes divertir-te recriando em casa uma espécie de interior oriental, habilitando uma esquina do salão para tal situação.

Almofadas cómodas e confortáveis, tecidos sedosos, mesas baixas, bandejas de cobre, … estas são os elementos que compõem este tipo de salões. Sentados no chão, os teus amigos se surpreenderão de ver que se sentem uma comodidade igual como sentir no sofá.


Sejam do tipo de sejam, sejam comprados na Europa ou trazidos duma viagem ao Oriente, os tapetes são elementos indispensáveis para criar um ambiente caloroso e confortável. Poder-se sentar para tomar um chá ou para comer… poder falar com os hóspedes relaxadamente… podem contrariar o frio do chão… Os tapetes são muito funcionais. E mais, muito decorativos! Mas muito mais que um elemento de decoração, os tapetes podem ser também elementos significativos, pelas suas cores e confecção.

Na decoração árabe, as cores são as seguintes: rosa caramelo, verde anis, vermelho profundo, laranja vitaminado, azul turquesa… as cores mais vivas do arco-íris é necessário para este estilo de decoração. Esta paleta explosiva de cores enriquece todo o tipo de lantejoulas e bordados dourados ou prateados. Agora vamos passar para outro tópico importante: os materiais.

A nossa decoração árabe deve ser um entorno sedoso. No solo, escolheremos tapetes espessos, tradicionais ou excêntricos, que adornaremos com muitas almofadas ou puffs aconchegados. Nas paredes estenderemos patchworks, assim como adornos transparentes que ficam perfeitas em cima de uma cama ou um sofá.
Para os móveis optaremos por materiais naturais, como a madeira exótica: cómodos ou armários em manga maciça evocarão os interiores tradicionais índios. Também é uma excelente ocasião para repintar velhos móveis em cores vivas. Cadeiras de Marajá ou espelhos de ferro forjado também serão ideais para este tipo de decoração. Assim mesmo, podemos colocar todo o tipo de elementos prateados ou dourados: cadeiras, espelhos, mesas rasas, etc.

Para que a composição seja perfeita, pensa em arranjar um grande número de espelhos: a sua propriedade reflectora dará uma sensação de amplitude à habitação e reflectirá todas as cores e os materiais delas. Os ramos de flores também são uma excelente escolha.

Materiais reutilizados decoram a casa

Papéis de parede

Os papéis de decoração ou papéis de parede, são cada vez mais actuais, óptimos para uma decoração à última da hora. E é que seguem as tendências pois propõem novas texturas. Os papéis são colocados à superfície e dão efeitos muito alegres.


Por exemplo se gostas da pintura aparelhada, secada os as paredes recobertas com cal mais não estás muito seguro do efeito que dará na tua parede, deves saber que existem toda uma gama de papéis de parede que imitam este tipo de efeito. E apesar de ser mais simples de pôr, o papel de parede também é menos custoso, sobre tudo se o que estava a decorar era uma grande superfície.

Mais surpreendente ainda é que os papéis de decoração da nova geração também reproduzem o metal, o couro, o gesso, a madeira, etc. Certos fabricantes propõem também papéis de tecidos naturais com pigmentos dourados, de gesso ou de mármore. Apesar de as tuas paredes não serem lisas, o papel de parede cobre esse efeito de irregularidade.

Papéis de decoração de vinil fazem parte de outra família de papéis de parede, papéis técnicos. Estes papéis têm uma maior e melhor resistência ao contacto físico e à humidade. E como é um papel mais espesso do que o papel clássico, o papel de vinil permite esconder todas as irregularidades da superfície.

Harmonia de cores

Tons de cores
Os tons de cores variam do mais claro para o mais escuro, mas sempre dentro da mesma cor. Obter uma harmonia subtil entre os tons de cores é um trabalho complicado. Uma forma de chegar a esta subtileza é ter presente o círculo cromático para ver quais são as cores verdadeiras.

Contrastes
Quando duas cores de famílias diferentes se opõem (verde e vermelho, laranja e azul, roxo e amarelo), falamos de “contraste”. Mas o “contraste” é possível de se dominar, ou seja, é possível combinar “contrastes” que até ficam bastante bem, pois realça qualquer decoração.

Equilíbrio
Consiste em combinar cores de famílias diferentes com precisão e acerto. O equilíbrio ideal são três cores repartidas pela habitação nas seguintes quantidades: 80% da superfície da cor dominante, 15% da segunda e apenas 5% da terceira.

Volumes e cores
As cores influenciam de uma maneira importante a percepção das coisas. Graças a elas, podemos realçar a qualidade de uma habitação, ou por outro lado, realçar os seus defeitos. Vamos mostrar-te alguns exemplos: Para baixar a altura do tecto, devemos pintar ele de uma cor escura, que dará a impressão de estar perto ao chão. Para corrigir perspectivas, podemos pintar uma linha na parede de uma certa cor, e repetir isso em todas as paredes da divisória. Isto te permitirá captar a atenção e influencia a percepção da casa.
Outra forma de conseguir uma harmonia correcta de cores é pelos complementos e acessórios de decoração. Os tecidos, por exemplo, são um dos elementos de decoração que adicionam cor facilmente ao sítio: cortinas, almofadas, toalhas, tecidos de móveis… Podemos mudar as cores segundo as estações.
Os acessórios de decoração também podem ajudar-te. Velas perfumadas, grinaldas, quadros e molduras… Actualmente podes encontrar acessórios de decoração muito variados, para todos os gostos, de todas as cores e para qualquer estilo de decoração. Sem esquecermo-nos das flores. As flores frescas dão um toque de cor e de alegria à decoração. Um ramo sobre uma mesa, uma coroa de flores pendurada por cima de uma lareira ou no centro de uma mesa…

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Decorações de casas de banho

A casa de banho é uma das partes mais importantes da casa pois é uma das mais utilizadas. Como terá sido a limpeza higiénica do passado então? Actualmente, a casa de banho tornou-se numa parte da casa que se deve decorar e curar com mimo, um universo estético que há que pensar. Existem muitas tendências para a casa de banho: Exótico ou étnico, em teca ou bambu, estilo Zen, mais ou menos colorido, estilo spa, … e muito mais! Agora só falta-te encontrar o estilo que desejas. Claro que tudo isto também depende do tamanho da tua casa de banho. As primeiras coisas que temos que ter em conta para decorar uma casa de banho são o espaço disponível e os objectos que temos.

Nós ao longo deste artigo vamos dar-te uma serie de conselhos e ideias para que vás formando uma imagem de como desejas que seja a tua casa de banho. Lembra-te que isto é pouca coisa, podes fazer muito mais. A última palavra é tua, pois é a tua imaginação que vai criar a decoração ideal.

Comecemos com a tendência actual dos materiais utilizados nas casas de banho. Actualmente, os materiais tradicionais como a porcelana estão a dar oportunidade a materiais novos e revolucionários, como o vidro, a madeira e inclusive o betão. As tendências estão a mudar. Agora muitas casas de banho são criadas como salas de meditação e tentam fazer-nos viajar. As suas fontes de inspiração são a Natureza, os banhos turcos, os spas ou o estilo Japonês. Como vez, são estilos dedicados ao prazer e bem-estar menta.
O estilo Zen é o melhor exemplo desta tendência que pretende transformar totalmente a casa de banho, procurando o bem-estar das pessoas. Esta decoração compõe-se principalmente de móveis e sanitários com formas arredondadas para que seja tudo suave: banheiras completamente curvas, … entre outras coisas.

Dissemos as tendências e agora vamos dar alguns conselhos. Por exemplo, para as casas de banho com janela, ganhamos em frescura e qualidade de ar se pormos um pequeno grupo de plantas aquáticas de tons semelhantes nas paredes. As plantas e o seu aroma nos farão crer que estamos sempre na Primavera. Para uma decoração mais masculina, a combinação de aço cromado em tons escuros para a mobília ou sanitários, associados com bancos de metal, madeira exótica e pontos luminosos de cores vivas (verde, amarelo, laranja) combinam na perfeição.

Como puderam apreciar, a casa de banho já não é uma parte pequena e fria escondida no fundo da casa. Hoje as casas de banho são tão importantes como qualquer outra parte da casa. As cores e as luzes estão cuidadas ao detalhe, se joga com as texturas, põe-se os espelhos frente a frente para dar a impressão que a superfície se dobra… As possibilidades multiplicaram para transformar a casa de banho num sitio de repouso.

Decoração de cozinhas

Antigamente era um lugar reservado apenas para as mulheres, mas esta zona da casa evoluiu juntamente com a sociedade. Actualmente é uma zona aberta a toda gente, homens e mulheres. Aliás, é uma zona em que não só se cozinha e se come, mas também serve muitas vezes para reunir pessoas, é um lugar onde se fala, onde se ri, se conversa…
Apesar de muito funcional, a cozinha já não é a habitação escondida a convidados, pois não é um lugar de solidão. Hoje em dia é uma parte com vida própria, onde é bom cozinhar em família e comer com os amigos. É uma parte cada vez mais espaçosa. Tanto que casa vez mais há cozinhas que se abrem até à sala de jantar. Cada vez mais queremos partilhar bons momentos quotidianos, passar o tempo atrás dos fornos e dos fogões, conversar enquanto a comida está a ser preparada em lume baixo… É um lugar muito importante, como podemos ver. E isso é algo que reflecte nas novas tendências em cozinhas.
Mas não se confundam, o aspecto prático e higiénico da cozinha segue muitos princípios. Por isso devemos escolher materiais resistentes e fáceis de manter: as bancadas de granito, mármore ou ardósia são ideias para conseguir este objectivo. Também devemos ter muito em conta uma boa ventilação na cozinha. A resistência é também outro ponto a ter em conta: dobradiças sólidas, corredores de gavetas resistentes… Para a cozinha ficar em ordem o melhor é optimizar o máximo de espaço, ocupando o espaço vertical com armários.
A madeira é um material muito bom para a cozinha. Para os mais tradicionais existem móveis de madeira maciça que se inspiram nas cozinhas antigas e que combinam perfeitamente com lava-loiças de pedra, cestos de vime…
Para as cores, quase tudo é permitido: tons quentes de madeira reforçados por efeitos de cor de mel ou caramelo, … Também podem tentar com tons de baunilha ou ovo… ou até limão! Cores como o laranja, o verde ou anis estão cada vez mais na moda. E para comer, a cozinha se transforma numa sala de jantar: iluminação apropriada, móveis aconchegados, espaço confortável… Alguns preferirão uma mesa redonda, outros preferem a mesa rectangular. Tudo cabe nas novas cozinhas modernas.
O problema principal das cortinas é em lavá-las. Por causa do seu tamanho, muitas vezes não cabem na máquina de lavar de casa. O melhor é levá-las à lavandaria. Se as lavar na máquina de lavar de casa, deves saber que tens de fazê-lo individualmente e em frio. Não te esqueças que deves retirar todos os ganchos ou anéis de fixação. Para que não se estraguem uma vez lavadas, põe-nas a secar no lugar onde vão estar colocadas.

Chapas de madeira: um raio X dos materiais mais usados na confecção de móveis

A madeira maciça vem perdendo lugar para os painéis de madeira industrializada de manejo sustentável. Mas você conhece esses materiais?

Quem nunca se deparou com esta situação: você chega a uma loja de móveis planejados, pergunta qual é o tipo de madeira usado pela empresa e a resposta quase sempre é formada de letrinhas que não dizem muita coisa? MDF, MDP, OSB, HDF e os mais familiares aglomerado e compensado. "Os clientes não conhecem as matérias-primas dos móveis e, muitas vezes, são levados a acreditar que um produto é melhor ou pior somente pela avaliação do preço", confirma Raphael Rizzatto, proprietário da Marcenaria Rizzatto’s, de Curitiba. Para começo de conversa, a principal vantagem das placas frente à madeira maciça é o custo reduzido, além da preservação do meio ambiente. "Esse setor possui 500 mil hectares de florestas de manejo sustentável no país", enfatiza Rosane Dill Donati, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa). As empresas associadas a essa entidade recebem certificações pela qualidade da produção e pelo uso de madeira de reflorestamento. A maioria também possui Selo Verde e Certificação Florestal concedidos por instituições ligadas ao Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, o FSC Brasil. 

MDF (Medium Density Fiberboard - painel de fibras de média densidade)
Composição: fibras de madeira aglutinadas e compactadas com resina sintética por meio de pressão e calor. As fibras são pedaços maiores do que as partículas que compõem o MDP e o aglomerado.
Aparência: ao olhar para as laterais do material sem revestimento, percebe-se que ele é uniforme e liso, constituído de fibras que deixam a superfície com o mesmo aspecto das bordas.
Tipos de revestimento: comporta pintura simples e laqueada, laminados e impressões.
Dimensões: a medida mais encontrada é de chapas de 2,75 x 1,83 m. As espessuras vão de 3 a 30 mm.
Uso: "É bastante empregado em peças frontais e fundos de móveis, além de laterais e fundos de gavetas", aponta Rosane Dill Donati, da Abipa.
Vantagens e desvantagens: "No Brasil, a produção do MDF começou em 1997, para competir com o aglomerado, muito usado na época", conta o arquiteto Antonio Franco, de São Paulo. Dentre as qualidades, destacam-se a facilidade para executar trabalhos em baixo-relevo, entalhes e usinagens (processo que resulta em cortes bem acabados e dá diferentes formas ao móvel); a espessura a partir de 3 mm, contra os 9 mm mínimos do MDP, por exemplo; a boa resistência na aplicação das ferragens; e a alta resistência a empenamentos.
Preço médio: R$ 130 a placa de 2,75 x 1,83 m e 15 mm de espessura, coberta de laminado de baixa pressão, e R$ 95 a mesma chapa com 6 mm de espessura. Sem revestimento, o painel de 15 mm na mesma medida sai por R$ 80, e o de 6 mm, R$ 45.

HDF (High Density Fiberboard - painel de fibras de alta densidade)
Composição: são fibras de madeira que passam por processo semelhante ao do MDF - a diferença é a maior pressão aplicada durante a fabricação.
Aparência: as chapas são homogêneas e possuem superfície lisa, uniforme, de alta densidade e pequena espessura.
Tipos de revestimento: pode receber pinturas e vernizes, além de aceitar bem os laminados.
Dimensões: os painéis costumam medir 2,75 x 1,85 m, com as menores espessuras - de 2,5 a 6 mm.
Uso: funciona bem como lateral e fundo de móveis, gavetas e divisórias. O HDF também é utilizado em artesanato e na produção de brinquedos.
Vantagens e desvantagens: como o MDF, serve para trabalhos de usinagem e entalhes. "Por ser um material de alta densidade, suporta mais peso e pode vencer vãos maiores sem a necessidade de reforço", explica o arquiteto e designer paulista Paulo Alves, sócio da Marcenaria São Paulo. Logo, o HDF é mais caro. Ainda assim, quando não é necessária uma base tão segura, o MDF é uma alternativa melhor.
Preço médio: R$ 110 o painel de 2,75 x 1,85 m e 6 mm de espessura, revestido de laminado de baixa pressão. A placa na mesma medida, mas com 3 mm de espessura e sem acabamento, sai por R$ 30.

MDP (Medium Density Particleboard - painel de partículas de média densidade)
Composição: as placas são feitas de partículas de madeira. As partículas maiores ficam no meio do painel, e as mais finas são colocadas nas superfícies externas, formando três camadas. São aglutinadas e compactadas com resina sintética por meio de pressão e calor. As partículas são menores do que as fibras de madeira que compõem o MDF e as lâminas do compensado. "Considerado uma evolução do aglomerado, o material é resultado de grandes investimentos no desenvolvimento desse produto", explica Graça Berneck Gnoatto, diretora comercial da Berneck, empresa que produz e comercializa painéis de madeira, de Araucária, PR.
Aparência: é possível ver as camadas na lateral da chapa. "As partículas finas se acomodam nas faces, e as mais grossas, no miolo", indica Graça.
Tipos de revestimento: aceita pintura simples e laqueada, laminados e impressões.
Dimensões: a medida mais encontrada é 2,75 x 1,84 m. As espessuras vão de 9 a 28 mm.
Uso: portas, prateleiras, divisórias, tampos retos e laterais de móveis e gavetas.
Vantagens e desvantagens: por levar micropartículas na composição, não pode receber usinagens e entalhes profundos. Dentre as vantagens, ressaltam-se a boa fixação das ferragens específicas, pois o MDP possui partículas grossas no miolo que as sustentam; a menor absorção de umidade se comparado ao MDF (sua densidade é superior a 900 kg/m³, contra 730 kg/m³ do MDF); a boa aderência da tinta na hora de pintar; e o preço mais em conta. Mas é preciso ficar atento: muitos vendedores afirmam que o MDP é exatamente o mesmo material que o aglomerado, o que não é verdade.
Preço médio: R$ 100 a placa de 2,75 x 1,84 m e 15 mm de espessura, revestida de laminado de baixa pressão. A chapa crua tem preço médio de R$ 70.

Aglomerado
Composição: os painéis de partículas de madeira são menos usados atualmente, pois perderam lugar para o MDP. "O aglomerado brasileiro produzido na década de 60 era diferente do fabricado no restante do mundo - tinha mais qualidade, pois era feito de cavacos de madeira, e não de resíduos industriais", conta Rosane, da Abipa. "O problema é que as empresas fabricantes de módulos e armários utilizavam as mesmas ferragens da madeira maciça, mas, como o aglomerado tem espaços ocos internamente, não as fixava. Por isso, a má fama do produto", explica Paulo Alves. Com a evolução dos processos tecnológicos, ele perdeu espaço para o MDP. É preciso também levar em conta que, na fabricação de aglomerados, ainda são usadas madeiras tropicais provenientes de florestas nativas - outro ponto a favor do MDP.
Aparência: não é possível distingui-lo visualmente de uma chapa de MDP.
Tipos de revestimento: "Aceita bem pinturas e vernizes, mas não os laminados, pois sua superfície não é tão lisa e uniforme quanto a do MDF ou MDP", esclarece Paulo.
Dimensões: a medida mais comum é 2,75 x 1,83 m. As espessuras variam de 8 a 40 mm.
Uso: pode compor portas, laterais de móveis, gavetas e prateleiras, porém somente com as ferragens específicas para o material.
Vantagens e desvantagens: "Se comparado ao MDF e ao MDP, ele tem menores chances de empenar, pois recebe menos pressão na fabricação", afirma o designer. Porém, não suporta tanto peso quanto o MDP, segundo Atílio Formágio Neto, coordenador de produtos da Masisa Brasil, empresa de Curitiba que fabrica e comercializa painéis de madeira.
Preço médio: R$ 30 a placa de 1,20 x 1,20 m e 15 mm de espessura, com revestimento melamínico branco. O mesmo painel sem acabamento custa R$ 20.

Compensado
Composição: os painéis são formados de lâminas de madeira sobrepostas e cruzadas, unidas por adesivos e resinas por meio de pressão e calor. Há dois tipos de compensado: o multilaminado, composto apenas de lâminas sobrepostas e cruzadas, e o sarrafeado, que possui essa estrutura nas superfícies, mas tem, no interior, um tapete formado de madeira
serrada. O segundo é mais caro devido ao processo de fabricação e à menor procura. "Pouca gente sabe que o sarrafeado empena menos do que o multilaminado, que é mais difundido", comenta Paulo Alves.
Aparência: o compensado multilaminado (foto) é uniforme, com laterais que acompanham a superfície. Já as laterais do sarrafeado mostram um miolo que se diferencia das lâminas.
Tipos de revestimento: recebe pinturas e vernizes, mas, se o revestimento for laminado, corre o risco de apresentar bolhas com o passar do tempo.
Dimensões: a medida mais comum é de chapas de 2,20 x 1,60 m. Os multilaminados de 3 a 6 mm de espessura possuem três lâminas, e os de 8 a 18 mm (foto), cinco.
Uso: móveis e painéis divisórios.
Vantagens e desvantagens: as chapas de compensado são as madeiras industrializadas mais antigas - chegaram ao Brasil na década de 40. "Como o nome diz, uma lâmina compensa as tensões no sentido contrário da outra. Assim, ao receber peso, as fibras o distribuem melhor, o que torna o conjunto bem estável", esclarece Antonio Franco. Apesar de ser muito resistente e durável - diversos especialistas acreditam que seja a melhor das opções -, depois do advento do MDP e do MDF, o compensado perdeu espaço por ser mais caro e menos sustentável. "Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), 40% do compensado brasileiro ainda é produzido com matéria-prima proveniente de floresta nativa", enfatiza o arquiteto.
Preço médio: R$ 160 a placa do multilaminado de 2,20 x 1,60 m e 15 mm de espessura, com laminado de cerejeira, e R$ 190 a chapa do sarrafeado de 2,75 x 1,60 m e espessura de 18 mm, com o mesmo revestimento. Sem acabamento, a primeira vale R$ 85, e a segunda, R$ 105.

OSB (Oriented Strand Board - painel de lascas de madeira orientadas)
Composição: lascas de madeira são prensadas em três camadas perpendiculares e unidas com resina aplicada sob alta pressão e temperatura.
Aparência: as grandes lascas ficam evidentes.
Tipos de revestimento: normalmente, não recebem acabamento. "Por ser rugoso, o OSB aceita somente aplicação de vernizes e tinta. Produtos laminados não aderem bem", afirma Paulo Alves.
Dimensões: as placas costumam medir 2,20 x 1,10 m e 2,44 x 1,22 m. As espessuras vão de 6 a 30 mm.
Uso: vistas como tapumes em obras, as chapas também são empregadas em painéis, móveis e projetos alternativos de decoração. Por ser fabricado com cola resistente à umidade, o OSB pode ser ainda opção para móveis de ambientes externos.
Vantagens e desvantagens: "A mais barata das chapas é a mais impermeável", garante o designer. Quanto à força e à capacidade de suportar cargas, tem características semelhantes às dos painéis de MDF e de MDP.
Preço médio: R$ 50 a placa crua de 2,44 x 1,22 m e 15 mm de espessura.

Três projetos de varandas gourmet

Aconchego com adega e lareira Pensada para um homem solteiro que gosta de reunir os amigos, esta varanda gourmet é integrada à cozinha. Por isso, não foi necessário instalar um fogão no espaço. No lugar do equipamento, a designer de interiores Adriana Fontana colocou uma adega e, acima dela, para criar um efeito decorativo, posicionou uma caixa de vidro recheada de rolhas de vinho. O ambiente dispõe ainda de uma área de estar com lareira móvel. “O local funciona como uma extensão da sala, daí meu cuidado com a decoração”, afirma Adriana.

Clima moderno para receber
Transformar o terraço em uma sala de estar com cozinha foi a proposta do designer de interiores Fernando Piva para o apartamento de um homem divorciado, que gosta de preparar receitas especiais para as filhas e os amigos. “A ideia era tirar proveito desta área bem iluminada para criar um ambiente descontraído, a ser usado também no café da manhã”, conta Piva. O espaço ganhou ares masculinos devido à composição de revestimentos, que associa aço inox, pastilhas de vidro e madeira, e à escolha de móveis de design moderno. 
 
Com o toque rústico da madeira Diferentemente da maioria das pessoas, que só investe na varanda ao fim do projeto de decoração, o casal de moradores deste apartamento priorizou o ambiente porque adora cozinhar e receber com frequência. “Eles pediram um espaço inspirado no clima informal de Trancoso, no litoral da Bahia”, conta a arquiteta Luciana Penna, autora do espaço. O desejo se concretizou com o uso de móveis e de um painel de madeira de demolição, de adornos de fibra natural e um sofá com almofadas soltas, bem ao estilo das casas de praia. 

Invista no verde para ousar na decoração

Variedade de tons é o que não falta para incluir essa cor na decoração. Presença cada vez mais marcante em móveis e acessórios, é possível utilizar o verde não só como ponto principal do ambiente, mas também em pontos de contraste. O verde é a cor da natureza e nos induz a diversas sensações. Emocionalmente neutro, este tom concede conforto ao espaço e ainda remete à esperança. Pelo Feng Shui, representa o equilíbrio, segurança e harmonia, e pode ser utilizado em todos os ambientes da casa. Conheça exemplos de peças com essa cor.



Histórias e cor na parede

Na área social do apê do designer de joias Gervásio Milaneze, 31 anos, a única parede preservada pelo arquiteto Gustavo Calazans foi também a que ganhou destaque com a cor roxo-escura (Sherwin-Williams 6034). Na reforma, as vigas de concreto ficaram aparentes e fundiram-se ao restante da casa a partir da construção da prateleira superior do mesmo material. É sobre ela e na parede roxa que surge o pachtwork de memórias do morador: os pratos antigos – dados por uma amiga –, as peças de lata do artesão Milton Cruz, a letra M que fazia parte do letreiro da loja de um amigo. o jogo desemparelhado de poltronas e cadeiras veio da Maria Jovem. O aparador de Formica cinza e vermelha (no detalhe) foi comprado na casa Velha e já veio com os pés amarelos. A decisão pelo móvel foi sentimental: “Lembrei da minha avó quando o vi”, confirma Milaneze.

O casamento entre o moderno e o antigo

 A harmonia impera no living, integrado à cozinha (ao fundo), que recebe luz natural através do jardim interno. Na mistura do novo com o antigo, o sofá, a mesa de centro e as luminárias de estilo moderno convivem e conversam com a cadeira de balanço, herdada do pai do morador.